Neste post da Aledrine, você vai conhecer a história do espelho. Um dos objetos de decoração mais importantes de uma casa, apartamento, ou mesmo uma empresa. Uma história de riqueza, de reis e rainhas, de faraós e imperadores. Levou séculos para que os espelhos se tornassem objetos acessíveis para tantas pessoas quanto é hoje.
Os espelhos fascinam a humanidade há milhares de anos. Provavelmente, a superfície da água foi o primeiro espelho utilizado, muito antes do primeiro objeto ter sido fabricado especialmente para que as pessoas observassem a si próprias.
O espelho sempre foi um objeto caro e de difícil confecção. Por milênios, foi exclusividade dos faraós, imperadores e reis.
A Saint Gobain, por exemplo, foi criada em 1665, durante o reinado de Luís XIV, na França, para produzir os vidros e espelhos do Palácio de Versalhes. E sua principal tarefa foi produzir os 357 espelhos da Galeria dos Espelhos, o mais admirado salão do Palácio. Para isso, foi necessário atrair artesãos da então República de Veneza, que detinha a tecnologia de produção de espelhos de vidro e os vendia a peso de ouro para todo o mundo.
Até hoje, o uso de grandes espelhos na decoração de um ambiente transmitem a ideia de luxo, sofisticação e exclusividade, ainda que seu custo seja apenas uma pequena fração do que já foi no passado.
Um bom espelho precisa de três características: alta planicidade, baixa rugosidade e boa capacidade de refletir a luz.
Nem sempre os espelhos foram capazes de apresentar essas características simultaneamente.
Lembrando que não nos referimos aqui aos espelhos especiais, em que a planicidade é indesejada e se busca uma curvatura controlada. Exemplos desses espelhos são os utilizados em equipamentos ópticos, como telescópios, ou mesmo espelhos retrovisores de veículos, que apresentam curvaturas para reduzir pontos cegos.
Os primeiros objetos fabricados para funcionarem como espelhos são muito antigos. Já foram encontrados espelhos de obsidiana polida, um tipo de pedra vulcânica, na região da atual Turquia, datadas de mais de 8000 anos atrás.
Há exemplares de espelhos feitos de metais polidos na Mesopotâmia, com 6000 anos de idade, e no Egito, com 5000 anos.
Os espelhos de pedra ou metais polidos não apresentavam boa definição, devido à rugosidade dos materiais.
O vidro é o material ideal para a produção de espelhos devido à sua baixa rugosidade. Mas, como não é muito refletivo, precisa ser associado a outros materiais mais refletivos.
Os primeiros espelhos utilizando vidro foram fabricados na Idade Média, utilizando um processo complexo. Utilizava mercúrio, papéis, e um processo de compressão e secagem que levava semanas.
Os primeiros espelhos de prata são da primeira metade do século XIX. Passou-se a utilizar nitrato de prata e aquecimento para a deposição na placa de vidro.
A evolução dos espelhos acompanhou a evolução das técnicas de produção de vidro plano. Passou pelo vidro soprado, pelo vidro estirado, até que o processo Float foi introduzido pela Pilkington. Aos poucos, a qualidade dos espelhos de prata chegou até o que conhecemos hoje.
É claro que as grandes empresas do setor têm sempre inovado na fabricação de espelhos, com a melhora da segurança, durabilidade, resistência à abrasão e umidade, e criação de produtos mais ecológicos, livres de chumbo e cobre.
A história dos espelhos, portanto, continua a ser escrita.
A forma de colocar espelho na parede ou madeira é uma escolha importante. Ela precisa levar em conta o estilo da decoração do ambiente, as condições do local que receberá o espelho.
Basicamente, o espelho pode ser colocado de três formas: